segunda-feira, 30 de agosto de 2010

faz-se inverno (frio) e seus
olhos continuam imensidão
quantos nós há nos seus olhos!
um país, uns vinte continentes

faz-se frio e surge tua cabana
aparece como copeques em rua cheia
como no mercado de feno,
tomamos doses de lua

faz-se, surge quando
a vida está na melhor parte
ao meio dia do destino em
pleno sol da meia noite e

faz-se branca, a noite
quando as pontes levantam,
e ficamos distantes
paralelos

e, como faz-se o cobre
bronze, aos olhos do poeta
o cavaleiro que guarda o rio
nos fazemos, (um ao outro)
espantados

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Lenço

o teu lenço. vejo
teu pecoço tampado e
desejo toca-lo não
para dizer
é meu

O teu lenco e céus
teu lenço tá
aí e ainda assim
só eu vou dizer?

o teu lenço e
o vento passa
tremulante
nos cabelos
fazendo num segundo
um vento e mil fitas

Tua lança,
escudo espada:
os olhos indo pra cima
o nariz
arrebitado e eu penso
se te puxo ou te amo