sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Domingo

É dia que não é dia
é só tempo
de oração

As horas não são
ninguém é são
no Domingo

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A Criação

No início dos tempos, algum tipo de entidade - que uns chamam de Deus, outros de Alá e outros de um acaso metafísico pelo qual devíamos ser muito agradecidos - decidiu criar o Mau. Antes de tal fato, todos ficavam muito entendiados, os bichinhos se reproduziam sem parar e o tempo não existia.

Sabendo que seria muito perigoso criar um ser com tanto poder, Ele teve uma brilhante idéia: Fazer duas criaturas, sendo uma dotada da mais incrível força e da mais crua ferocidade. Já para a segunda, apesar de medíocre em todo o resto, foi dado o poder criar pensamentos e o nome de Diabo. Infelizmente o nome da primeira se perdeu no tempo.

domingo, 25 de outubro de 2009

Dica de agricultura

Plantar laranjeiras no Alto Leblon

Bilhete achado na calça depois de lavar

Querido S,
desculpe te contar só agora, mas sou uma vampira. Apaixonadamente,
Georgia.

sábado, 24 de outubro de 2009

Felizes são os metereologistas...

sabem que em algum momento o sol volta.

Procê

Vai, me prende com seu sorriso.
Delegue a minha vida a isso,
só depende de você.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O Espelho de Próximo

Richard Morse,
Quebrei meu espelho, afundei meu CR mas me apaixonei pro você.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Bla bla bla Economia

"As mesmas pessoas que menosprezam a Lógica, de um modo geral também advertirão o leitor contra a Economia Política. Ela é insensível, dirão. Reconhece fatos desagradávei. Da minha parter, a coisa mais insensível que conheço diz respeito à lei da gravidade: quebra o pescoço da pessoa mais bondosa e amável, sem o menor escrúpulo, se ela esquecer, por um único momento, de lhe dar a devida atenção. Os ventos e ondas também são bastante insensíveis. Você aconselharia aqueles que saem ao mar a negar a existência dos ventos e das ondas - ou a fazer uso deles, e encontrar os meios de se proteger contra seus perigos?"
- John Stuart Mill
1867

Sonet'inho

O amor do menino
é coisa de quem não fez,
de quem espera a sua vez.
É amor de coelhinho.

O amor sem caminho
que se faz quando jovem,
não tem até que provem,
amor de um só bichinho.

O amor de quem envelhece,
terno e com carinho,
é o amor de passarinho

E desculpem meus “inhos”.
Mas de quem faz a vida inteira
é o amor de laranjeira.

sábado, 17 de outubro de 2009

A Moça

Talvez este seja meu único segredo que valha a pena: Eu estou apaixonado. E não é uma paixonite típica e mundana, é algo muito pior e intenso, uma vez que a coisa toda é totalmente platônica.
Tudo começou nas férias de julho, num quente fim de tarde em Paris. Saí do hotel, e como de praxe nesta viagem, peguei a bicicleta para dar uma passeadinha. Mal sabia eu que o meu amor me esperava. Durante o passeio, avistei um prédio de arquitetura curiosa, tubulações a vista, paredes de vidro e as maiores escadas rolantes que já vi. No entorno da construção, havia diversos artistas de rua, assim como um monte de turistas nórdicas fumando seus cigarros. Movido pela curiosidade, entrei no prédio.
Como alguns devem ter percebido, a construção em questão era o Centre Pompidou, mas conhecido por seu apelido, Beaubourg. O local abriga o Museu de Arte Moderna de Paris, assim como diversos cinemas e galerias para exposições temporárias. Enfim. Lá pelo 4o andar do museu, foi em uma de suas muitas salas que me deparei com ela. Tentei disfarçar a surpresa, mas seus traços, simples e inebriantes nunca poderiam me deixar calado. Trêmulo, balbuciei alguma coisa, mas ela não teve nenhuma reação.
Mais encantado que triste, fui embora. Prossegui viagem sem maiores dúvidas, mas eu estaria sendo negligente com meus sentimentos se afirmasse que não pensei mais nela.
Aproximadamente duas semanas depois, já no Brasil, me deparei com um artigo numa revista de grande circulação que me surpreendeu. A matéria em questão falava da vinda de minha amada a São Paulo! Incrível, mas, como arranjar um pretexto para vê-la? A idéia não saia da minha cabeça, até que um certo dia um grande amigo botou as mãos em meus ombros e disse: “Vamos para São Paulo”.
Era a minha chance. Chegando na cidade, eu só pensava na minha musa. Fui a uma boate e a diversos lugares, mas nenhuma moça foi capaz de tirar minha atenção, por um segundo que seja. No dia seguinte, fui a seu encontro. Assim como em Paris, ela me esperava estática. Passamos a tarde inteira juntos, entre bons selvagens dançantes e coloridas figuras do mar, e eu realmente nunca esquecerei aquelas 9 ou 10 linhas.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Matriz/Matrix

O moço forte ganhou
uma noite fracassada.
Um abraço muy estranho,
Besouro Suco não liga.

Santiago perde a certa,
mas acha a errada.
Lapso temporal...
Oi caminha!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A B C

Me responde antes que eu chegue ao Z
No quinto Z sem resposta.

Um brinde ao alcool bem compartilhado

Provavelmente a boa bebida e a boa companhia são a única dupla que equivale em prazer ao amor desejado (Ainda que este nunca equivalha a sí próprio).