quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Astronauta

o cantinho de céu,
nem azul nem preto,
mofado jaz

junto ao caderninho
onde a caneta
não funcionou

Morre com ele o momento,
onde o céu, misterioso e infinito
não é nem preto nem azul

Resta só o caderninho
cada vez mais bege
que mal foi usado

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Poste

Meu poste, cê sabe mais que eu.
Que pena que és tão calado.
Se manifesta
ou apassiva.

Será útil pra todos!
O que não podes nunca,
é ficar parado na rua
sendo só luz.

Luz que na voz do poeta
cega os ébrios
e que na voz do prefeito
protege a cidade

Na dúvida entre os dogmas,
fico com os dois.
Só não suma,
nem apareça muito.

Luz sumida, dá tristeza
desesperança
luz demais, da clareza
feiúra.

Se eu me chamasse Raimundo eu odiaria meus pais

Mundo, te amo
não vou te enganar
mas é incondicional
te quiero

Corno sem problema
é o que sinto, Gaia
e sem nenhum juizo
te quiero

Sem limites
seu corpo vasto e finito
enrugado e colorido
te quiero

My bad fish
as vezes é assim
mas, sobretudo
te quiero

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Reclamava das caras: "Mas que absurdo!" gritei. Como podes reclamar de tais sinais de sinceridade, signos do homem? É que eu simplesmente amo as caretas. Denotam, conotam e traduzem tudo que vem do interior, e isso na maior sinceridade. Quem no te gusta são só idiotas, a procura daquele belo simétrico, desses que dão número de ouro se comparados os elementos faciais! Mas que besteira! Pra que buscar um bonito que tem fim? O meu bonito é torto, estranho, e por isso mesmo intangível e infinito. É homem , é velhinha da sopa e é multidão.

E não vem me dizer que prentende parecer sério! que bobagem, meu caro. Não vê que isso é cada vez mais irrelevante? Gente séria não leva a nada. Baudelaire escreveu em papel porque não tinha blog.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Monstrinhos

E foram se conhecendo cada vez mais. Que vontade que dava de ficar junto! E o mesmo acontecia com seus monstrinhos. Aqueles pequenos seres ganhavam tal classificação não por serem feios, na verdade, era até o contrário. É que eles tinham tantas características e faces, eram tão sinceros, tão honestos que por lá o belo nunca seria unanimidade. Além disso, eles não eram exatamente normais. As vezes faltavam virgulas e não raramente rolava um hifem equivocado.
Mesmo assim, foram vivendo, assim como seus donos. Estes, contudo, ocasionalmente não se davam tão bem. Opiniões diferentes, pretensões e idiotoces bobinhas simplesmente não deixavam as coisas tomarem seu rumo, qualquer ele que fosse. Nada muito inesperado, na verdade. Porém, ainda que a resolução não tenha existido, seria leviano supor uma conclusão artificial, e eles sabem disso.
Quanto aos monstrinhos, continuam a bailar de forma que nenhuma equação poderia definir. Se cruzam, descruzam, brigam, batem, beijam e amam. Eu tava sendo leviano, eles são sim belos.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Cheshire

- Paredes infinitas!
- ah, mas então não é uma parede, é só mais um objeto que a dimensão infinita reduz ao lixo
-Parede sim, verde, pé direito alto...
- Mas não era infinita?
- Horizontalmente sim.
- hmm.
- Avança, toca nela!
- É infinita!
- Toca!
- Olha o que você ta me pedindo!
E com um movimento muito mais forte que a minha posição inercial as minhas mãos encontram a parede. estranho.
- Mas então ela é finita.
- Nonop.
- Eu to tocando nela, você também!
- E é infinita!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Acordo – na voz passiva, claro – pelo monstrinho falante. Junto comigo vem ontem, agora mais condensado pelo corpo. Mas que bom é acordar assim, por mais contraditório que isso pareça! E em poucos segundos, me encontro com os que dormiram. Julgam-me. “Mas que mundanos!”, os julgo. É que pra mim, ser mundo só se aplica à noite. Terça feira, de preferência.
E eu, que odeio Cartas na Rua, cada vez mais entro na estória.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O pior tchau é dado pelo outro.
E te fecham num mundo
Não pro lado deles, claro.
E falam de contar estrelas!

E porque se preocupar,
ou pensar em algo?
Todos sabemos
que o melhor já passou!

E pra que, pra que
se contentar, criar um basta
com algo que não é o melhor?
Que é só nostalgia

E eu já disse que odeio isso
Qualquer coisa precedida dele
Termo que me mata, me cansa.
Livrai-nos do pretérito

Amem

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ombro amigo

- Entrei no bar e pedi uma cerveja preta. Céus, mais que terrível é beber sozinho, isso sim deveria ser proibido por lei, aos impulsos idiotas, sanções morais nunca são suficientes.
- Cerveja preta?
- Éé, preta.
-Não entendo cerveja preta, lembra meu avô, ou aquele meu amigo que sempre inventa hábitos inusitados.
-Pois é, acho que era o meu caso nesse dia. Mas como eu ia dizendo, eu comecei a beber. O bar tinha uma TV, daquelas de tela plana – hoje nem tão – modernosas. Não sei se eram as conversas alheias, ou a péssima programação dominical...
- Então a tv era modernosa? Meu primo comprou uma dessas, sabe, é realmente incrível. Semana passada nós assistimos um daqueles documentários que mostram as profundezas do oceano, com todas aquelas criaturas luminosas em alta definição, foi ótimo.
- Saquei, mas como eu ia dizendo, o clima do bar foi me deixando muito puto! E logo de cara eu comecei a implicar com o garçom.
- Entendo. Você já tem uma tv dessas?
-Não. Pedi uma porção de bolinhos de bacalhau. Não sei porque, acho que é uma premissa sinestésica, mas dentro da minha cabeça frituras e melancolia tem tudo a ver!
- Pois você deveria comprar uma! A do meu primo é um máximo. Eu compraria se não estivesse desempregado. Ah, como está difícil a minha situação, né?. Ainda mais agora que a minha mulher me largou e eu não tenho mais acesso à grana que ela recebe por invalidez.
- É, isso é terrível. Enfim, o bolinho chegou, e você não acredita o que havia dentro: uma unha! Eu aceitaria qualquer parte do corpo com mais respeito que uma unha! Unha não é nem carne, não tem tecido nervoso, nem pele, não tem nada! É uma merda de um lixo animal, um errinho que ficou aí pela evolução.
- Que horror. Mas as coisas não param por aí. Depois que a minha mulher me largou, milhões de contas super estranhas começaram a chegar lá em casa! Meu cartão havia sido clonado. Enfurecido eu fui ver o gerente
- Caramba. Eu reclamei com o garçon e ele fez pouco caso. Depois de tal afronta, eu não tive outra opção.
- Que coisa. O gerente nem se importou!
- Eu matei ele.
- Eu matei ele. Você acha que eu deveria ficar aqui ou fugir?
- É. Olha você é a primeira pessoa pra quem eu conto isso. O que eu faço?
- Sim!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Rapazes

Ei rapaz
você que olha
aí de cima
porque tem um ponto

Ei rapaz
você que olha
atravessado
porque tem um braço

Ei rapaz
você que olha
pros pés
porque tem vazio

Ei rapaz
você que olha
e só olha
porque é sábio

O engraçado é
que vocês todos se masturbam

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O Louco

Foi contorcendo o pescoço que localizei um ser bastante peculiar, andando uns vinte metros atrás de mim. Confesso que de início não prestei muita atenção nas características do tipo - é que pega realmente mal ficar torcendo o pescoço pra olhar alguém –, mas depois de uns cinco minutos de caminhada, comecei a ficar preocupado.
-Será que ele ta me seguindo? Perguntei-me. Nessa altura, comecei a fazer alguns testes. Pra começar acelerei o passo e, para minha surpresa, o estranho fez o mesmo. É, talvez ele esteja me seguindo. Contudo, isso só pode ser coincidência, nem tanto pela repetição do movimento, mas pelos simples fato de ninguém no mundo ter um motivo pra me seguir!
Mudei de calçada, e novamente por trás dos ombros, percebi que ele acompanhou o movimento. Desta vez tentei observa-lo melhor. Certamente era mais velho que eu, talvez uns 40 anos. Notei que usava um terno surrado, surrado a ponto que o tornava inadequado para qualquer situação que exigisse um traje desses. - Ele é da máfia, só pode ser! – Porém, me lembrei de novo, eu nem sou maneiro o suficiente para ser seguido.
E a caminhada/perseguição continuava, até que passamos por uma delegacia: - Tô seguro, qualquer coisa eu entro aí – Contudo, entrar por quê? Como explicar isso pra mim mesmo ou pra qualquer outra pessoa? “É, eu tenho uma queixa, tem um senhor de meia-idade andando na mesma rua que eu, e ele usa terno”. E ele continuava me seguindo, com olhos sem ressaca, com lábios sem carne, com corpo sem nada! Ele não era nem literário, só estranho!
Foi aí que veio a decisão, vou virar pra trás de vez, um surpreendente giro de 180o! Naah, surpreender um estranho não combina comigo, não sem alguém olhando. Porém, decidir de forma sutil me entregar. Devagar, fui diminuindo meu ritmo de caminhada, o encontro fatal ia acontecer! Faltando dez passos de distância ele também foi diminuindo, e pude ver seus olhos apertados de tensão. Cinco passos, nós dois cada vez mais próximos e lentos - quanto aos olhos, estavam quase fechados -. Porém, a dois passos de mim que ele me surpreendeu de verdade:
- Pare de me seguir! Gritou o estranho
- Eu?
- Sim, esqueces que a Terra é redonda?
Fui embora, com um sorrisinho cínico como se não soubesse que no fundo, ele quem estava certo.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

As Multidões

Dar uma de observador: isso foi o que se passou na minha cabeça após ler “O Homem das Multidões”, de Edgar Allan Poe. O conto em questão fala sobre um homem que se atém a classificar os presentes numa multidão, encontrando diversos tipos recorrentes. Ao andar pela rua, não pude deixar de fazer o mesmo.
Comecei assim meu pretensioso experimento, o qual devo admitir, foi mais fácil do que parece. Quase todos os passantes se encaixavam em alguma categoria, executivos apressados, porteiros uniformizados e estudantes cansados. Segui então para uma segunda parte do estudo, as minorias, que para a minha surpresa também eram bem previsíveis. Estavam lá - homogêneos que nem garrafas de refrigerantes ou latas de atum - os judeus ortodoxos, os mendigos e as socialites, que se um dia foram bonitas hoje só ostentam unhas e cabelos bem tratados.
Nesse momento, o desprezo pelo mundo à minha volta me tomou de forma impressionante, - Uau, mas que mundo previsível, cadê o diverso, o nobre e o original? – e de repente nada mais valia a pena. Foi aí, que passando por um desses prédios de vidros espelhados, eu vi um espectro que calou toda a minha suposta altivez; um estudante.

Washington

centro do mundo
na cidade de George
só dois andares

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Ama

Em quadros
ela sabe amar
em desenhos
ela sabe amar
em palavras
ela sabe amar
em sexo
ah, ela sabe amar
que pena
que não sabes amar

domingo, 8 de novembro de 2009

.

É engraçado como flores,
dessas bem bonitas,
cheirosas e altivas.
tornam-se pó.

É engraçado como flores,
belas e artistas,
bastam autistas,
pedantes e só.

Eu não o faço.
Não me convence o ruim,
conheço bem o jardim
e o quão bonito ele é.

Eu não o faço.
Serei sempre Estrangeiro,
pois não importa cheiro
pra quem aroma quer.

sábado, 7 de novembro de 2009

Sem Nome e Objetivo

É engraçado o que se sente quando não se espera nada. É uma ataraxia diferente, tensa, porém só boa (héé, soou paradoxal, né? Acho válido!) Quanta coisa se faz quando não se espera fazer? Um dia perdido na floresta, uma noite perdida num não, tudo é mais do que útil. Deus, me torne Oscar Wilde!!

Cranberry

Líquido rubro e forte
poucos gostam
Contudo, confesso
que privilégio
saber que o amargo
também é bom

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Nova York

tanto concreto
gente cheiro e cor
isso numa ilha

Cidades Haicai

Começa hoje uma coisinha nova aqui no blog. Começando daqui a pouco, postarei toda 4a um Haicai descritivo de uma cidade. Nossa viagem passará por: Rio de Janeiro/ São Paulo/ Salvador / Nova York/ Washington/ São Francisco/ Porto / Sevilha / Gibraltar / Paris / Buenos Aires / Cartagena / Cidade do México / Capetown

Com vocês podem ver, não existe nenhum padrão lógico de escolha, são só cidades que particularmente me interessaram. É, admito que a coisa toda é bem ego. Bom, se interessar, passem por aqui nas Quartas! Ah, e não tem ordem!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Decreto N. 0209

Onde há Nextel não há lirismo.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Domingo

É dia que não é dia
é só tempo
de oração

As horas não são
ninguém é são
no Domingo

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A Criação

No início dos tempos, algum tipo de entidade - que uns chamam de Deus, outros de Alá e outros de um acaso metafísico pelo qual devíamos ser muito agradecidos - decidiu criar o Mau. Antes de tal fato, todos ficavam muito entendiados, os bichinhos se reproduziam sem parar e o tempo não existia.

Sabendo que seria muito perigoso criar um ser com tanto poder, Ele teve uma brilhante idéia: Fazer duas criaturas, sendo uma dotada da mais incrível força e da mais crua ferocidade. Já para a segunda, apesar de medíocre em todo o resto, foi dado o poder criar pensamentos e o nome de Diabo. Infelizmente o nome da primeira se perdeu no tempo.

domingo, 25 de outubro de 2009

Dica de agricultura

Plantar laranjeiras no Alto Leblon

Bilhete achado na calça depois de lavar

Querido S,
desculpe te contar só agora, mas sou uma vampira. Apaixonadamente,
Georgia.

sábado, 24 de outubro de 2009

Felizes são os metereologistas...

sabem que em algum momento o sol volta.

Procê

Vai, me prende com seu sorriso.
Delegue a minha vida a isso,
só depende de você.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O Espelho de Próximo

Richard Morse,
Quebrei meu espelho, afundei meu CR mas me apaixonei pro você.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Bla bla bla Economia

"As mesmas pessoas que menosprezam a Lógica, de um modo geral também advertirão o leitor contra a Economia Política. Ela é insensível, dirão. Reconhece fatos desagradávei. Da minha parter, a coisa mais insensível que conheço diz respeito à lei da gravidade: quebra o pescoço da pessoa mais bondosa e amável, sem o menor escrúpulo, se ela esquecer, por um único momento, de lhe dar a devida atenção. Os ventos e ondas também são bastante insensíveis. Você aconselharia aqueles que saem ao mar a negar a existência dos ventos e das ondas - ou a fazer uso deles, e encontrar os meios de se proteger contra seus perigos?"
- John Stuart Mill
1867

Sonet'inho

O amor do menino
é coisa de quem não fez,
de quem espera a sua vez.
É amor de coelhinho.

O amor sem caminho
que se faz quando jovem,
não tem até que provem,
amor de um só bichinho.

O amor de quem envelhece,
terno e com carinho,
é o amor de passarinho

E desculpem meus “inhos”.
Mas de quem faz a vida inteira
é o amor de laranjeira.

sábado, 17 de outubro de 2009

A Moça

Talvez este seja meu único segredo que valha a pena: Eu estou apaixonado. E não é uma paixonite típica e mundana, é algo muito pior e intenso, uma vez que a coisa toda é totalmente platônica.
Tudo começou nas férias de julho, num quente fim de tarde em Paris. Saí do hotel, e como de praxe nesta viagem, peguei a bicicleta para dar uma passeadinha. Mal sabia eu que o meu amor me esperava. Durante o passeio, avistei um prédio de arquitetura curiosa, tubulações a vista, paredes de vidro e as maiores escadas rolantes que já vi. No entorno da construção, havia diversos artistas de rua, assim como um monte de turistas nórdicas fumando seus cigarros. Movido pela curiosidade, entrei no prédio.
Como alguns devem ter percebido, a construção em questão era o Centre Pompidou, mas conhecido por seu apelido, Beaubourg. O local abriga o Museu de Arte Moderna de Paris, assim como diversos cinemas e galerias para exposições temporárias. Enfim. Lá pelo 4o andar do museu, foi em uma de suas muitas salas que me deparei com ela. Tentei disfarçar a surpresa, mas seus traços, simples e inebriantes nunca poderiam me deixar calado. Trêmulo, balbuciei alguma coisa, mas ela não teve nenhuma reação.
Mais encantado que triste, fui embora. Prossegui viagem sem maiores dúvidas, mas eu estaria sendo negligente com meus sentimentos se afirmasse que não pensei mais nela.
Aproximadamente duas semanas depois, já no Brasil, me deparei com um artigo numa revista de grande circulação que me surpreendeu. A matéria em questão falava da vinda de minha amada a São Paulo! Incrível, mas, como arranjar um pretexto para vê-la? A idéia não saia da minha cabeça, até que um certo dia um grande amigo botou as mãos em meus ombros e disse: “Vamos para São Paulo”.
Era a minha chance. Chegando na cidade, eu só pensava na minha musa. Fui a uma boate e a diversos lugares, mas nenhuma moça foi capaz de tirar minha atenção, por um segundo que seja. No dia seguinte, fui a seu encontro. Assim como em Paris, ela me esperava estática. Passamos a tarde inteira juntos, entre bons selvagens dançantes e coloridas figuras do mar, e eu realmente nunca esquecerei aquelas 9 ou 10 linhas.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Matriz/Matrix

O moço forte ganhou
uma noite fracassada.
Um abraço muy estranho,
Besouro Suco não liga.

Santiago perde a certa,
mas acha a errada.
Lapso temporal...
Oi caminha!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A B C

Me responde antes que eu chegue ao Z
No quinto Z sem resposta.

Um brinde ao alcool bem compartilhado

Provavelmente a boa bebida e a boa companhia são a única dupla que equivale em prazer ao amor desejado (Ainda que este nunca equivalha a sí próprio).